segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Diariamente, o mundo é desafiador. Até mesmo quando o dia parece entediante. Pois sua mente trata sempre de lembrar a você dos desafios a serem superados, não importando se vocês os escolheu ou eles o escolheram. Enquanto o mundo gira freneticamente entre conflitos no Egito, protestos esdrúxulos na USP e policiamentos tecnológicos na rede por parte de hipócritas, eu sigo meu caminho pela faixa opcional, sem atrapalhar muito o trânsito caótico, principalmente porque atualmente eu prefiro muito mais ser um Observador [lembrando um pouco os personagens misteriosos da série Fringe]. E que ninguém me julgue, estou no meu direito de assumir essa postura. Quem sabe, futuramente, eu mude minha filosofia de vida e me torne uma pessoa mais participativa na sociedade. Porém, no momento prefiro observar, analisar, anotar e digerir toda forma de conhecimento que absorvo.
É um caminho escolhido de forma consciente e que se encaixa perfeita em minha carreira de escritor, pois na medida em que estou promovendo um desenvolvimento lento e gradual de minha jornada literária, é justo que eu pense muito mais em tornar meu trabalho mais visto do que a minha própria pessoa em si enquanto autor. Porque meu objetivo é justamente fazer meu trabalho ganhar mais notoriedade junto ao público que decidir se envolver com a leitura dos livros que eu escrever. Não quero e nem pretende estar à frente de meu trabalho, mas decido por ser a pessoa por trás da obra criticada, analisada, elogiada ou massacrada. Leiam minha história, decifrem minhas mensagens, analisem meus personagens, contextualizem o seu universo com o universo da obra. É justamente isso que eu busco, promover aquilo que faço, que escrevo, que crio através da escrita, e não promover a minha pessoa. Lógico, eu sou o autor e preciso mostrar quem sou. Mas antes do autor, vem a obra criada e divulgada para o mundo.
Esse meu blog é um exercício fabuloso de construção de meus pensamentos e minhas ideologias enxutas. Eu acredito no que eu faço, apesar de que, em alguns momentos, a frustração e o desânimo pesam mil toneladas e minhas palavras parecem estar esmagadas sob mil pés sem almas. Mas nesse momento eu recobro minha consciência e me dou conta de que isso tudo faz parte do desafio escolhido. pois você nunca vai poder discordar de que a cada dia o mundo é desafiador, nunca entediante.

A nível de informação: o vídeo postado no início deste meu texto é o Booktrailer de meu livro "Efeito Cacaos", que lancei recentemente pela internet. Uma versão completa em PDF do livro está disponível para download e pode ser baixado no site do livro.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Escrever Efeito Cacaos foi uma experiência única. Foi o meu primeiro livro de ficção, e acreditem, escrevi ele de maneira artesanal, usando caneta e muito, muito papel. Na época em que escrevi ele, internet era uma novidade ainda não disseminada em nossa cultura e computadores eram produtos de luxo para poucos. Então lá estava eu, um jovem escritor à moda antiga, debruçado sobre folhas de papel e escrevendo os capítulos de meu livro numa velocidade atordoante.
A base da história que eu queria desenvolver já estava pronta em minha mente. Um mundo conturbado e caótico, vivendo uma nova Grande Guerra, e um meteoro cruzando o espaço, silencioso, vindo na direção de nosso planeta fragilizado. Esses seriam os grandes eventos que seriam citados na história, pincelando um quadro apocalíptico, um cenário onde catástrofes estavam a ponto de serem detonadas, desencadeando uma série de eventos posteriores que influenciariam de forma indireta a vida de todos os personagens do livro. Poderia ser isso o tal "Efeito Cacaos"? Um grande evento catastrófico que direta ou indiretamente afetaria a vida de milhares de pessoas sobreviventes?
O livro relata a história dos personagens (que curiosamente não tem nomes durante toda a narrativa) de forma sempre a deixar dúvidas sobre o que realmente aconteceu e que gerou todo o desastre de grandes proporções. Assim como os personagens, também o leitor ficará, durante todo o trajeto de sua leitura, tentando decifrar as situações e buscando entender o que realmente ocorreu.
Momentos dramáticos de dor, solidão e sofrimento, situações tensas que mostrarão a capacidade e a coragem de cada um em desafiar o mundo para permanecer vivo e continuar seguindo em frente. Eventos de proporções globais afetando indiretamente vidas que pessoas que sequer imaginavam se conhecer um dia e que agora se cruzavam numa jornada de dilemas e desafios pessoais. Uma história que parece mostrar a todos que, às vezes, é necessário você se perder para se encontrar e compreender seu verdadeiro lugar neste mundo.
Espero realmente que aqueles que se aventurarem pelas páginas de meu livro apreciem esta história única, esse fim do mundo escrito de uma maneira singular.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O filme estrelado recentemente por Will Smith é emblemático. Silencioso, impactante, Eu Sou a Lenda trabalha de forma impactante a questão temerosa da Humanidade com relação a sua frágil condição sobre a face da Terra. Uma possível extinção da raça humana através de uma catástrofe de proporções gigantescas sempre rondou o nosso imaginário, e quando um filme toca nesse assunto, sempre ficamos a nos questionar e a pensar sobre isso. Temas como esses me atraem literariamente falando, e me vejo constantemente visualizando pensamentos, ideias, conjecturas, me proponho histórias e relatos fictícios. Meu livro Efeito Cacaos, ainda não publicado, é a prova definitiva do quanto esse tema sempre atual me hipnotiza e me induz a escrever sobre esse tema desafiador.
Em meu livro, um jovem retorna para sua terra natal após alguns anos vivendo nas metrópoles do sul do país. Na realidade proposta pelo meu livro, o mundo está mergulhado em uma guerra mundial que perturba a todos, também apreensivos pela possível queda de um meteoro em nosso planeta. No meio de sua viagem de retorno, o jovem acaba sofrendo um acidente no ônibus no qual viajava. E após o acidente, ele acorda ferido, sozinho e sua última lembrança foi ter visto um clarão forte na linha do horizonte. E é justamente nesse ponto que meu livro e o filme estrelado por Will Smith se aproximam muito. Catástrofe mundial, possível extinção da raça humana, e alguém sozinho vagando em lugar deserto, buscando encontrar sinal de vida.
Esse tipo de história é fascinante, e ao mesmo tempo aterrorizante, pois sempre dá margem a diversas interpretações das situações que, a principio, não mostram explicações plausíveis e acabam criando uma aura de mistério e suspense, deixando no ar diversos questionamentos sobre o que realmente aconteceu e mais interrogações sobre o que futuramente poderá acontecer. E atualmente, nossa realidade está nos trazendo esses mesmos questionamentos, sempre que pensamos nos problemas que a Humanidade têm enfrentado, seja em nível ambiental ou terrorista. É como se fosse o prenúncio do fim, onde vivemos dias angustiantes, e assim permanecemos, justamente pela impossibilidade de sabermos com precisão quando seremos novamente engolidos pelas ondas de um tsunami.

A nível de informação: escrevi e publiquei o texto acima aqui em meu blog em janeiro de 2008. Resolvi resgatar ele novamente dado ao fato de ter lançado recentemente meu livro na internet, e por haver conexões de contexto interessantes entre as histórias que podem servir como fonte de informação importante para os leitores que se aventurarem a ler Efeito Cacaos.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

De tempos em tempos, o mundo, tal qual o conhecemos, é sacudido por revoluções simbolizadas pela imagem icônica de uma maçã. Houve uma primeira, de cunho religioso e protagonizada pela Igreja, que tentou dar ao homem um sentido divino para sua vida. Então veio uma segunda revolução, envolvendo Newton e a queda de uma maçã, que mostrou ao homem o caminho da ciência, para entender o universo ao seu redor. Enfim, uma nova onda revolucionária tomou a todos de forma surpreendente através de uma mente brilhante movida por ideias visionárias. Steve Jobs e sua maçã nos mostrou o caminho da tecnologia, moldando uma sociedade nova onde todos podem interagir e transformar o mundo através da informatização e da conectividade. Pensamentos que mudaram o nosso mundo.
O mundo nasce pelo pensamento de cada um. O mundo é feito de ações, mas para que as ações possam se realizar, antes elas nascem no plano das ideias, dos pensamentos. O meu mundo, o seu mundo, o nosso mundo é feito de ideias, sonhos e pensamentos com potencial de se tornarem futuramente ações bem sucedidas. Para mudar o mundo, você precisa de ideias, de sonhos, de pensamentos, e então transformar tudo isso em ações desafiadoras, atitudes decididas, objetivos corajosos. Somos definidos por tudo aquilo que permeia nossos pensamentos, e o mundo ao nosso redor será definido pelo conjunto de nossos pensamentos transformados em ações, manifestações, realizações.
O grande prazer da vida é você saber plenamente qual o seu objetivo traçado por você em conjunto com o caminho que o destino lhe reservou para que seja trilhado. Nunca seja evasivo, nunca seja incoerente. Concentre-se naquilo que você acredita que possa ser o seu diferencial para transformar o mundo ao seu redor. Precisamos de pessoas dispostas a entender a Humanidade, e decididas a desenvolver de forma positiva este universo que habitamos.
Estou disposto a mudar o mundo, à minha maneira, com minhas ideias, meus pensamentos, buscando sempre alcançar meus objetivos estabelecidos. Espero realmente que minhas palavras, meus textos, minhas histórias possam atingir esse êxito pleno. Mudar este nosso universo não é fácil, mas é uma ideia sustentável. Você pode fazer do seu modo e se sentir realizado ou pode ficar reclamando continuamente e se sentir insatisfeito com a vida e com o mundo. Tudo vai depender somente de sua forma de pensar. Pois um mundo se faz primeiro com ideias. Ou com maçãs.

para Steve Jobs [1955-2011]

domingo, 21 de agosto de 2011

É bom perceber que em alguns pontos de sua trajetória existencial a vida promove diversos momentos inusitados e surpreendentes que apenas mostram o quanto você pode estar cheio de uma felicidade simples e plena em si mesma. Reencontrar pessoas importantes, amigos indispensáveis e que nunca são esquecidos, redescobrir o valor e a intensidade mágica de se ler bons livros, ouvir boa música e canções envolventes, tudo isso e algo mais projetado de forma embriagadora no espaço sideral de seu próprio universo. O universo que você delimita para sua vida, o universo moldado à sua imagem e semelhança, baseado em suas descobertas pessoais, em suas vivências excepcionais. Apesar de ter objetivos que aos seus olhos estão sempre mais à frente, aguardando sua chegada para serem soldados definitivamente na estrutura de sua realidade, é preciso estar atento para o caminho que trilhamos diariamente, esse caminho virtuoso que nos levará afinal ao nosso maior objetivo, que é a realização de nossos sonhos e desejos mais plenos de sabedoria e conhecimento. Não é a linha de chegada que importa, mas sim, os passos constantes e determinados de nossa corrida que nos conduzem até ela.
Eu sei o que me move, o que me comove, o que me dilacera, o que me seduz, o que me conduz, o que me motiva, o que me ativa. Sei tudo isso a meu respeito, e ainda assim é difícil saber processar tudo isso dentro de mim de maneira que eu consiga administrar tudo com eficiência. É quando você descobre o inusitado, o mágico, o desconhecido, e vai se surpreendendo com momentos, situações, palavras, pessoas. A vida se torna mais saborosa nesses momentos, onde o universo não está conspirando a seu favor ou contra você, mas tão somente mostrando caminhos onde você pode simplesmente conspirar junto com ele, transformando tudo ao seu redor, tocando as pessoas da forma mais incrível e poderosa possível. É plenitude e simplicidade absorvidos em goles de vinho, em páginas de livros, em risadas despreocupadas, em noites chuvosas e aconchegantes, em amizades eternas.
Ultimamente tenho lido os livros de Rick Riordan, da série Percy Jackson e os Olimpianos (estou no momento lendo o volume 3, "A Maldição do Titã"), e percebi que algumas coisas que tenho escrito e criado tem a ver com esse tipo de universo criativo e mitológico, assim como as Crônicas de Nevareth. Eu sou persistente e determinado e quero deixar o melhor de mim para o mundo, tudo aquilo que em mim seja criativo, imaginativo e incrível, e tenho certeza que escrevendo será a melhor maneira de realizar esse meu objetivo. Além de voltar a ler com mais frequência, tenho feito minhas costumeiras pesquisas musicais, sempre garimpando atrás de bandas boas para conhecer e escutar, e encontrei essa banda americana do Novo México chamada Beirut, cuja sonoridade tem fortes influências na música folk do Leste Europeu e até mesmo na música francesa, uma mistura meio lírica, meio circense, meio orquestral.
Livros, músicas, amizades. São todas essas particularidades de conhecimento a minha verdadeira força motriz, o meu combustível que movimenta meu mundo, move minha mente, comove meu espírito, dilacera meus sentidos, seduz a minha alma, conduz minhas idéias, motiva meus sonhos, ativa minha vida.


domingo, 19 de junho de 2011

O tempo continua sendo implacável e urgente para muitas pessoas que conheço e outras tantas com as quais convivo. Mas esse mesmo tempo cruel não produz efeito em mim. Permaneço sempre inerte e relaxado, como se não pertencesse a esse mundo desenfreado e desnorteado, sem rumo e sem nexo aparente. O mais estranho disso tudo é essa sensação maluca de estar perdendo tempo fazendo coisas que não produzem nada de significativo para mim e para o mundo ao meu redor. Escrevo poemas e lanço-os ao vento frio de junho, e parece que os perco de vista, sem saber se chegaram a algum destino interessante. Planto textos e a impressão absurda que fica é a de que nada foi colhido e saboreado. Encontro ocasionalmente em pontos de ônibus pessoas versadas em letras, disfarçando um ar arrogante e cheio de vaidade, falando de seus próprios feitos, e infantilizando e diminuindo os versos de outros poetas. É como se ele tivesse gabarito suficiente para julgar se os textos e poemas de outras pessoas valessem a pena ser lidos pelo mundo. "Seus versos são infantis, crus, não tem métrica, rima, chegam a ser ridículos", escutei certa vez no ônibus voltando do trampo. Aquilo poderia ter me partido em dois, me estraçalhado completamente por dentro, se eu não tivesse a imunidade suficiente para repelir esse tipo de "comentário técnico". Alguns poderiam chamar de crítica construtiva. Para mim, isso soa mais como uma tentativa ardilosa e sutil de destruir os alicerces morais da pessoa, fazendo-a desistir de seguir adiante naquilo que ela fielmente acredita. Eu acredito em minhas palavras, no poder poético de meus versos, na carga profunda de meus textos escritos. Se você não acredita naquilo que você produz e cria, então isso significa que você está fazendo algo de errado com sua própria vida. Nunca duvido de minhas capacidades.
Escuto "Collapse Into Now", do R.E.M., e me embriago com "Uberlin" e "It Happened Today". Durante todo esse mês, sempre nas idas e vindas do trampo em Ilhéus, tenho me deixado envolver pela leitura de "A Menina que Roubava Livros". Quero resgatar novamente minhas histórias e terminar o que comecei a escrever com "As Crônicas de Nevareth". Vou seguindo sempre em frente, sem dar ouvidos para pseudo-críticas literárias. Deixo-me ser levado pelo som que vem de dentro de mim. O som de minhas palavras. Minhas próprias palavras.


sábado, 2 de abril de 2011

O mundo está entrando em colapso e eu fico sentado assistindo a tudo. Sou apenas mais um e não posso fazer nada para reverter a situação da Humanidade perdida nas sombras de seus erros grotescos. Sinto um gosto amargo na boca pela derrota de minhas palavras diante de um júri que não entende o tempo de minhas orações e frases. É um tempo perdido, de caos, de super profusão de idéias, imagens, informações, delírios, tecnologia em 140 caracteres. Só o que me surpreende são momentos grudados em meu cotidiano de canções e versos esquecidos em alguns pedaços de papéis ou escritos em notas de blogs pessoais. O calor infernal de março está indo embora, ainda abafado e sufocante, e eu espero calmo e manso pelo outuno imaginativo de folhas caindo de árvores que foram arrancadas das ruas para melhorias na infraestrutura de sua cidade. Sim, sou surpreendido por um vendaval doce e silencioso de revelações ditas sem pudor, e meu passageiro sombrio sorri com seus olhos pensativos considerando ser verdade que não há lugar mais iluminado e ensolarado do que a escuridão de seus pensamentos encravado nas rochas de seu coração. O que faço é seguir meu coração, seguir meus sonhos, cantarolar as melodias e músicas que me arrastam no turbilhão de sons e nostalgias gratificantes. Estou descolado deste mundo maldito, de ignorantes e ignorados, estou sentado tomando uma xícara de café e vendo os pequenos demônios sorrindo de satisfação. Suas maldades fazem cócegas e cegam os intolerantes. É um deleite o meu café, é um absurdo este mundo ensurdecedor, é uma catástrofe atrás da outra este cataclisma de abalos e ondas gigantes, este mar de mortos e feridos. É cruel eu escrever e todos sentirem preguiça de ler ou ninguém encontrar forças para continuar lendo. Por duas vezes tentei assistir ao filme sobre a vida de Bob Dylan, mas sua vida cheia de poesia me entorpeceu e adormeci antes do final. Quando estou derrotado, sinto-me de volta ao início, ensaiando o mesmo primeiro passo em cima da pegada que pensei ter deixado para trás. É impossível reverter o que já foi feito, mas a vida libera a ilusão de que você pode sempre tentar mais uma vez. A Humanidade caminha assim, assassinando a minha humanidade. Enquanto a alta magnitude engole tudo, tento encontrar formas de usar antimatéria em meus versos. Assim que conseguir, publicarei aqui antes que tudo se perca numa colisão de catástrofes e eu procure abrigo em terras distantes.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Sinceramente, não sei dizer se foi por causa do trampo que arrumei e no qual estou envolvido nesses últimos 5 meses. O que ocorre é um fato claro: perdi o interesse completo pelo Cabal Online. Lógico que falta o tempo necessário para eu jogar numa boa, despreocupadamente, com meus amigos no TS da guild. Mas a verdade é que o jogo não é mais o que era há uns 3 anos atrás. A Gamemaxx, publisher que administra o jogo aqui no Brasil, decaiu de forma notória, e os serviços oferecidos de suporte e atendimento só tem piorado a cada dia. Isso sem falar nos bugs constantes encontrados no jogo e nas decisões completamente equivocadas que são tomadas a cada tentativa de corrigir tais erros. Por conta disso tudo, desanimei totalmente. E ainda está por vir um outro jogo que me cative e me prenda tão apaixonadamente quanto Cabal.
Enquanto isso, tenho jogado outros games de maneira esporádica, numa tentativa vã de afugentar o tédio e a desilusão criados pela decadência do Cabal. Estava jogando Lunia com Inochi, Lucy,  meu afilhado Seraph e meu maninho Pop, mas confesso que não tenho a menor vontade de continuar jogando. Tenho vontade de voltar a escrever, finalizar as Crônicas de Nevareth, mesmo que eu saiba que nem consiga publicar esse livro, uma história meio ao estilo do Senhor dos Anéis. E por que diabos somente eu tenho essa sensação insistente de que tudo que escrevo tem um potencial fabuloso para fazer sucesso e ser lido por milhares de pessoas pelo mundo? Eu quero muito que isso aconteça, esse é meu maior sonho, e seria minha maior realização nesta vida.
A minha sorte é que sou muito, mas muito persistente e nunca desisto de fato dos meus objetivos e dos meus sonhos, por mais que tenha ao meu redor pessoas sempre dispostas a transformar seus sonhos em poeira, e depois rir sutilmente de seu sofrimento interior. Elas não me derrubam. Nada me derruba desse jeito, quando se trata de seguir adiante naquilo que mais acredito fielmente.
E ontem à noite numa avenida no centro de Ilhéus, enquanto eu esperava no ponto pelo ônibus para Itabuna, algo cinematográfico e incrível aconteceu bem diante de mim, literalmente! Um carro vinha pela avenida numa velocidade até moderada, e repentinamente bateu em um outro carro estacionado na calçada e capotou. Fiquei impressionado por presenciar um momento que parecia sair de algum filme de ação. Foi questão de segundos, e tudo aconteceu bem na minha frente. E a pessoa que dirigia o carro saiu ilesa e atordoada depois da capotagem, com uma expressão assustada, como que não acreditando que aquilo estivesse acontecendo com ele. E dezenas de pessoas estavam ao redor, apontando seus celulares, tirando suas fotos e fazendo seus vídeos para postarem em álbuns no orkut e facebook e em blogs como este, e mostrar a todos pela rede como o mundo deixou de ser humanitário para se tornar um espetáculo chocante em busca de audiência cada vez maior. Esse é o meu tempo, o nosso tempo, o tempo das redes sociais, a Era dos Nerds, 2011 D.C.
 
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